A Polícia Civil de Paranacity deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 11 de julho de 2025, a Operação Fortuna, voltada à repressão de crimes contra o patrimônio, incluindo furto qualificado, estelionato e lavagem de dinheiro. A ação concentrou-se na cidade de Itaguajé, onde foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão, além do sequestro de bens adquiridos de forma suspeita.
Investigação começou após denúncias de desvio interno
Há cerca de quatro meses, denúncias anônimas levantaram suspeitas sobre movimentações financeiras irregulares em uma empresa da região de Paranapoema/Jardim Olinda. A principal investigada, uma mulher de 52 anos, exercia cargo de confiança no setor administrativo-financeiro e de compras da empresa.
A suspeita inicial apontava que a funcionária teria utilizado sua posição para emitir notas fiscais falsas em favor de uma empresa de fachada, pertencente ao próprio marido. A vítima — a empresa empregadora — era induzida a realizar pagamentos por serviços não prestados e produtos não entregues, baseando-se nas notas forjadas.
Esquema envolvia outros fornecedores e valores não reconhecidos
Durante o avanço das investigações, a Polícia Civil identificou ainda outras transações suspeitas envolvendo fornecedores terceirizados. As compras, embora registradas no sistema, não foram reconhecidas pelos gestores da empresa, o que reforçou a tese de um esquema fraudulento e planejado.
O prejuízo estimado ainda não foi divulgado oficialmente, mas os investigadores apontam que os valores desviados podem ultrapassar a casa dos seis dígitos. O padrão de vida elevado e recente dos investigados também chamou atenção.
Mandados, bloqueios e apreensões realizados em Itaguajé
Com o respaldo das evidências reunidas, a autoridade policial responsável pelo caso representou junto ao Poder Judiciário por medidas cautelares. Os mandados autorizados incluíam buscas na residência dos envolvidos e bloqueios de bens em nome dos suspeitos.
Durante a operação, foram apreendidos três veículos de alto padrão e uma motocicleta de alta cilindrada, todos adquiridos no período em que a funcionária atuava na empresa. Os bens, agora sob custódia judicial, serão periciados e podem ser utilizados como provas no curso da investigação.
Arma ilegal leva à prisão em flagrante

Além dos indícios de estelionato e lavagem de dinheiro, a Polícia encontrou, na residência dos suspeitos, um revólver calibre .22 e munições compatíveis, armazenados de forma irregular. O homem de 51 anos, marido da investigada, recebeu voz de prisão em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.
Polícia apura envolvimento de terceiros
A equipe de investigação segue trabalhando para identificar possíveis cúmplices, inclusive outros funcionários ou fornecedores que possam ter participado direta ou indiretamente do esquema. A Operação Fortuna continua em andamento e novas diligências não estão descartadas nos próximos dias.
A Polícia Civil reafirma seu compromisso com o combate à corrupção e aos crimes financeiros, especialmente aqueles que afetam empresas locais e comprometem o desenvolvimento econômico da região.