O programa Jota Silva, teve a honra de receber doutor Hugo Marquini, especialista em psiquiatria e medicina família e comunidade, e, médico intervencionista do SAMU ( Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), de Colorado e região.
Doutor Hugo, está há 2 anos no Samu de Colorado, veio da cidade de Iguaraçu-PR, trabalhou em várias cidades e, foi chamado para trabalhar neste serviço de atendimento. Observando em outras localidade a carência de recurso (aparelhos e medicamentos), agarrou a oportunidade de integrar-se ao Samu, tendo uma melhor estrutura ao atendimento dos pacientes.
Apaixonado pela profissão, sempre quis ser médico, desde pequeno vendo a rotina em hospitais, pois seus pais trabalham nesses locais. Anos depois, com muito esforço fez o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), e conseguiu a bolsa integral na universidade do Oeste Paulista (Unoeste).
Formado há 8 anos, o doutor Hugo Marquini demonstrou um conhecimento muito claro e, grandioso sobre o que estava sendo questionado. Falou sobre a importância do “Janeiro branco”, dizendo: “ Este mês foi escolhido para divulgarmos as doenças da mente, entendo que todos os meses deve ser falado, mas janeiro ficou como o mês específico. Uma conscientização para a saúde mental.”
Questionado sobre o objetivo, disse: “ Alertar a população sobre a necessidade do cuidado, explicar a importância de procurar esse atendimento para que não possa agravar-se e, deixar consciente quais são os sintomas para que os cidadãos possam buscar o atendimento com agilidade, precocemente. Procura rápido, porque quanto mais essa doença evolui, mais difícil será trata-la.”
É extremamente importante procurar um médico-psiquiatra, e esquecer um pouco do preconceito achando que é “médico de louco”, pois não é.
Indagado se é normal ter pacientes que quando descobrem que estão com algum problema psicológico começam achar inaceitável isso, ele disse: “ Sim, muitas pessoas acham que aquilo que estão passando é algo temporário, é cansaço, tem medo de pedir ajuda e até vergonha de dizer. Muitas pessoas estão sofrendo situações que precisam de uma intervenção de saúde mental e está sozinha, pois não consegue fala sobre aquele assunto com as outrem. Um dos pontos principais é a observação da família ou amigos próximos, quem veem a mudança de personalidade, uma ruptura com aquela pessoa que era antes. Rotinas, convívios ou até mesmo a vontade de ficar isolada; uma mudança radical, nem parece ser a mesma.”
Quais são os tipos de tratamento? Segundo o doutor: “ Essas pessoas que estão passando por essas situações precisa procurar um profissional de saúde mental, psicólogo/psiquiatra. Se não tiver condições financeiras de ir à procura, dê entrada ao SUS (Sistema Único de Saúde), vá atrás de uma UBS (Unidade básica de saúde), procurando um primeiro atendimento e dizer sobre sua saúde emocional, para posteriormente ser encaminhada à este profissional ou as vezes já iniciar os tratamentos. O que não pode é ficar sem tratar! É muito eficaz essa abordagem multidisciplinar, com o psicólogo ou psiquiatra, existe situações, que só a terapia psicológica resolve; algumas, exige que inicia a terapia psicológica, tratamento medicamentoso e atividades físicas.”
Questionado de qual o grau de parentesco entre uma pessoa bipolar para uma depressiva, o doutor respondeu: “ São doenças diferentes, o transtorno afetivo bipolar, o individuo vai ter períodos de depressão fortes, transtornos mais intensos do que a depressão comum, intercalados com períodos de euforia, Períodos depressiva e alguns períodos eufórica, com uma energia acima do normal; e também, dificuldades para dormir. A depressão, ansiedade, bipolaridade e doenças devido à substâncias químicas são as mais prevalentes atualmente. E quando uma pessoa precisa ser internada devido essas doenças, é no memento que oferece risco de vida para si e as outrem.”
Para finalizar, o convidado mandou um abraço à todos os ouvintes do programa e para os companheiros de equipe do Samu.
A entrevista completa, você pode acompanhar na edição do Programa J Silva, através do link: