Igreja Católica recebe seu primeiro pontífice norte-americano, com raízes peruanas
Nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, o Vaticano testemunhou um momento histórico: a eleição do novo Papa. A tradicional fumaça branca apareceu na chaminé da Capela Sistina às 13h07 (horário de Brasília), sinalizando ao mundo que os 133 cardeais eleitores chegaram a um consenso após quatro rodadas de votação no segundo dia do conclave.
Com 69 anos, Leão XIV se torna o 267º Papa da história da Igreja e marca um feito inédito: é o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos. Natural de Chicago, Prevost é membro da Ordem de Santo Agostinho e passou mais de uma década em missões no Peru, país onde também adquiriu cidadania.
Um Papa com olhar voltado à inclusão e à renovação pastoral
Após ser apresentado oficialmente, Leão XIV surgiu na sacada central da Basílica de São Pedro, onde foi recebido com entusiasmo pelos fiéis. Em seu primeiro discurso, emocionado, agradeceu ao seu antecessor, Papa Francisco, e declarou seu compromisso com uma Igreja “misericordiosa, acolhedora e sinodal”.
A escolha do nome Leão XIV carrega um significado simbólico importante. A referência a Leão XIII — Papa entre 1878 e 1903 — aponta para um alinhamento com os ideais de abertura social e diálogo defendidos no passado, especialmente através da histórica encíclica Rerum Novarum, que tratou dos direitos trabalhistas e da dignidade do trabalho no contexto da Revolução Industrial.
Um marco para a Igreja Católica
A eleição de um Papa norte-americano com raízes peruanas simboliza também a crescente relevância das Américas dentro do cenário eclesial global.