Criminosos se passam por profissionais da saúde para extorquir dinheiro de familiares de pacientes
Hospitais da cidade de Maringá, no noroeste do Paraná, estão emitindo alertas urgentes à população da região após registrarem diversos casos de um golpe cruel e sofisticado: indivíduos se apresentam como médicos ou representantes hospitalares e solicitam, via telefone, depósitos bancários para exames ou procedimentos urgentes. A tática já vitimou até mesmo uma família de Colorado, cidade próxima a Maringá, que perdeu dinheiro ao acreditar que estava ajudando um ente querido internado.
O golpe, segundo autoridades e gestores hospitalares, tem se tornado mais comum nos últimos meses, causando transtornos emocionais e prejuízos financeiros às vítimas.
Família de Colorado perdeu R$ 250 após contato de falso médico
O caso mais recente que chamou atenção foi o de uma família residente em Colorado (PR). Após receber uma ligação de alguém que se apresentou como médico do hospital onde o parente estava internado, os familiares foram informados de que o paciente precisaria urgentemente de um exame de raio-X, que não estaria coberto pelo plano de saúde.
Sob pressão e com medo de comprometer o tratamento, a família transferiu R$ 250,00 para uma conta bancária fornecida pelo golpista.
O prejuízo financeiro foi pequeno se comparado ao trauma emocional vivido pelos familiares, que se sentiram enganados em um momento de fragilidade e preocupação com a saúde de um ente querido.
Como o golpe funciona?
O passo a passo da fraude
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Os criminosos obtêm informações sobre pacientes internados, como nome, unidade de saúde e até nomes de familiares.
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Em seguida, entram em contato por telefone, geralmente usando aplicativos de chamada, e se passam por médicos ou atendentes hospitalares.
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Durante a ligação, comunicam que o paciente precisa de um exame urgente, como tomografia, ressonância ou raio-X, e que só será realizado mediante depósito imediato de determinado valor.
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Usam termos técnicos e linguagem médica para dar veracidade à história.
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Ao obter o depósito, desaparecem.
Hospitais reforçam: não existe cobrança por telefone
Instituições hospitalares de Maringá, como o Hospital Universitário, o Hospital Santa Casa e o Hospital Paraná, reforçam que não realizam cobranças por telefone, WhatsApp ou qualquer aplicativo de mensagens. Qualquer solicitação financeira relacionada ao atendimento é feita diretamente com o responsável legal do paciente, dentro das dependências do hospital, com recibo e protocolo.
Diante da onda de golpes, os hospitais têm reforçado seus canais de comunicação com a população, emitindo notas de esclarecimento nas redes sociais, placas nos corredores e alertas nos prontuários dos pacientes.
Polícia investiga vazamento de dados e orienta população
A recomendação das autoridades é clara:
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Desconfie de qualquer ligação pedindo dinheiro em nome de hospitais ou médicos.
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Nunca faça depósitos sem verificar pessoalmente a procedência da solicitação.
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Ligue para o hospital por canais oficiais antes de tomar qualquer atitude.
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Registre boletim de ocorrência imediatamente caso receba uma abordagem suspeita.