PARANÁ AGE RÁPIDO PARA PROTEGER SUA AVICULTURA
O estado do Paraná concluiu, nesta terça-feira (20), a destruição de mais de 10 milhões de ovos férteis em um incubatório, como medida preventiva contra a gripe aviária. A decisão foi tomada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) após o rastreamento de 12 mil ovos oriundos de uma granja em Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi confirmado o primeiro foco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no país.
Medida segue protocolos internacionais de biossegurança
Embora não houvesse indícios de contaminação nos ovos, a Adapar determinou a eliminação de todos os ovos armazenados no incubatório paranaense, totalizando 10.163.130 unidades. A ação segue os protocolos do Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária, visando impedir qualquer possibilidade de propagação do vírus no plantel avícola do estado.
Importância da avicultura para o Paraná
O Paraná é o maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, respondendo por cerca de 35% da produção e 42% das exportações nacionais. Qualquer ocorrência da gripe aviária em granjas comerciais paranaenses poderia provocar bloqueios comerciais adicionais e comprometer a credibilidade sanitária do país.
Impacto econômico e medidas de contenção
Após a confirmação do foco no Rio Grande do Sul, países como China, México, Argentina, Uruguai e União Europeia suspenderam temporariamente as importações de carne de frango brasileira. Em resposta, o secretário estadual da Agricultura, Marcio Nunes, reuniu-se com lideranças do setor produtivo e com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para discutir medidas de contenção e retomar as exportações o mais breve possível.
Reforço na biossegurança e vigilância sanitária
A Adapar reforçou a importância da colaboração dos produtores no cumprimento dos protocolos de biossegurança, incluindo controle de acesso às granjas, desinfecção de veículos, roupas e calçados, além da notificação imediata de qualquer alteração no comportamento das aves. O sistema de vigilância estadual atua com mais de 300 propriedades monitoradas por amostragem e atendimento a suspeitas em menos de 12 horas.