Bandeira tarifária amarela volta a vigorar após cinco meses e indica aumento no custo da energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (25) que a conta de luz vai subir a partir de maio. Após cinco meses em bandeira verde, o sistema tarifário passará a operar com a bandeira amarela, o que significa um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos pelos brasileiros.
A mudança se deve à entrada do país no período seco, que ocorre entre maio e novembro, marcado por uma redução significativa no volume de chuvas. Com menos precipitação, os reservatórios das hidrelétricas — principais fontes de geração de energia no Brasil — ficam com níveis mais baixos. Como consequência, o governo precisa acionar usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Desde dezembro de 2024, o país vinha desfrutando de uma situação confortável em relação à geração de energia, o que permitiu manter a bandeira verde e isentar os consumidores de taxas adicionais. Contudo, com a chegada da estiagem, a Aneel e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alertam que o custo da geração de energia aumentará, e, portanto, a cobrança extra é necessária para cobrir os gastos operacionais.
Por que a bandeira amarela impacta seu bolso?
A aplicação da bandeira amarela não significa apenas uma taxa simbólica. Para os consumidores residenciais e pequenos comércios, o acréscimo pode representar um aumento considerável na fatura mensal, principalmente para aqueles que consomem acima da média.
A adoção dessa bandeira já vinha sendo sinalizada por especialistas desde fevereiro, com base nas previsões climáticas e nos níveis dos reservatórios. O alerta agora é claro: é hora de economizar energia para evitar custos ainda maiores nos próximos meses. Se as condições climáticas não melhorarem, novas bandeiras tarifárias — como a vermelha — poderão ser acionadas, elevando ainda mais os preços.
Como se proteger do aumento na conta de luz?
Para minimizar o impacto da bandeira amarela, a Aneel recomenda medidas simples de economia de energia, como:
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Desligar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso
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Utilizar lâmpadas de LED
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Reduzir o tempo de uso do chuveiro elétrico
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Evitar o uso de eletrodomésticos nos horários de pico
Além disso, acompanhar o consumo pelo aplicativo da distribuidora pode ajudar a identificar excessos e ajustar os hábitos da casa.