Feriados prolongados e finais de semana consecutivos reduziram drasticamente os dias úteis no último mês.
Combinação de feriados afetou a produtividade
Entre os dias 5 de abril e 5 de maio, o trabalhador brasileiro teve apenas cerca de 15 dias úteis para exercer suas atividades laborais. A sequência atípica de feriados prolongados e fins de semana enfileirados reduziu consideravelmente o tempo disponível para o expediente normal.
Abril foi especialmente impactado. No dia 18, celebrou-se a Sexta-feira Santa, tradicional feriado religioso no Brasil. Poucos dias depois, em 21 de abril, ocorreu o feriado de Tiradentes, que caiu em uma segunda-feira. Essa combinação gerou dois feriadões em sequência, oferecendo quatro dias de descanso apenas naquele mês.
Em maio, o ritmo de trabalho também foi afetado. O Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio, caiu em uma quinta-feira. Muitos trabalhadores aproveitaram para emendar a sexta-feira com o final de semana, resultando em mais quatro dias consecutivos de folga para quem pôde se beneficiar da prática.
Impacto negativo no comércio tradicional
Somando todos os finais de semana e os feriados prolongados, o trabalhador brasileiro ficou praticamente metade dos 30 dias em descanso. Esse cenário trouxe consequências diretas para a economia, principalmente para o comércio tradicional.
Em cidades que não são turísticas, lojistas e empresários reclamaram da queda no faturamento e do baixo movimento nas lojas. Com menos dias úteis e menos circulação de consumidores, o comércio varejista registrou perdas significativas. Muitos já estão se referindo a abril como o “abril perdido” para o setor de vendas.
Por outro lado, setores como o de turismo, lazer e hotelaria se beneficiaram, registrando alta ocupação e aumento na demanda. Pessoas aproveitaram a sequência de folgas para viajar, descansar ou investir em entretenimento, o que impulsionou o movimento em cidades turísticas e em atrações culturais.
Expectativas para os próximos meses
O impacto econômico desses longos descansos ainda será mensurado com mais precisão nos próximos relatórios de mercado. No entanto, o comércio tradicional já sente os efeitos e busca estratégias para compensar as perdas nos meses seguintes.
Com a normalização do calendário de trabalho nos próximos meses, a expectativa é de uma retomada gradual nas vendas e nas atividades econômicas, principalmente com o auxílio de campanhas promocionais e datas comemorativas que tradicionalmente aquecem o comércio.